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ACAP critica plano de abate: “Menos de 40 mil carros é insignificante”

O incentivo ao abate está nos acordos com o Governo, mas falta concretizar. A ACAP exige um plano robusto e com escala.

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A discussão sobre a criação de um plano de incentivo ao abate de veículos não é nova, mas continua sem resposta concreta, mantendo-se como um tema que gera cada vez mais debate entre o setor automóvel e o Governo.

Desde o ano passado que a atribuição do incentivo à compra de veículos elétricos está condicionada à entrega para abate de um automóvel com motor de combustão com mais de 10 anos. No entanto, esta exigência não é suficiente para causar um impacto significativo na renovação do parque automóvel nacional.

Quem o diz é Hélder Barata Pedro, secretário-geral da ACAP (Associação Automóvel de Portugal), no Auto Talks, o novo formato editorial da Razão Automóvel estreado no ECAR Show. “Um plano de incentivo ao abate com menos de 40 mil veículos é perfeitamente insignificante”, defende.

Este ano, os incentivos à compra de veículos elétricos ligeiros de passageiros destinados a particulares, abrangeram apenas 1425 vagas — ou seja, apenas 1425 automóveis com motor de combustão foram entregues para abate.

“O problema não é o diálogo com o Governo…”

Relativamente às razões para a ausência de um plano mais robusto, Hélder Barata Pedro aponta o dedo ao Governo. “O problema não é a falta de reuniões e de diálogo. Não nos podemos queixar de ser recebidos e de falar com os membros do Governo. O problema é a sequência que dão”, explicou.

O dirigente lembra ainda que “a criação e a manutenção de um sistema de incentivos ao abate de veículos automóveis está nos acordos de rendimentos. Na implementação é que existe uma deficiência”.

E os fundos?

Hélder Barata Pedro lembra ainda que os fundos para o plano de abate não saem diretamente do Orçamento do Estado, mas sim do Fundo Ambiental, cuja missão passa precisamente por financiar medidas de descarbonização.

No entanto, deixa um alerta: “O Fundo Ambiental já está muito massacrado”, o que limita a sua capacidade de apoiar este tipo de medidas.

A conclusão é clara: para ser eficaz, um plano de incentivo ao abate tem de ser ambicioso. “É preciso um plano robusto, que inclua 40 mil veículos e não apenas 1500”, afirma o secretário-geral da ACAP.

No centro Helder Barata Pedro, secretário-geral da ACAP, à esquerda, Hugo Barbosa, diretor de comunicação da Renault e à direita, Miguel Dias, ornalista e coordenador de média da Razão Automóvel.

Recorde-se que, em 2009, durante a crise financeira, a ACAP “criou um plano de incentivo ao abate que de agosto a setembro tinha abatido 39 mil carros”. Claro que para isto foi preciso o apoio do Governo: “Ás vezes temos sucesso”, concluiu o secretário-geral.

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