Portugueses a caminho dos Pirenéus num Sado 550 e não só

O plano é simples: sair do Porto ao volante de um microcarro e, quatro dias depois, estar a serpentear os Pirenéus franceses. Tudo isto sem reboque (se possível…), com motores de cilindrada microscópica e conforto de outro século. A fórmula tem tanto de insensata como de irresistível — à nossa medida, portanto.

Chama-se Encontro Internacional de Microcarros e é organizado pelo Club Autottiki, com o apoio do Clube Português de Automóveis Antigos (CPAA). Nos dias 10 e 11 de maio, os participantes vão ter a oportunidade de percorrer algumas das estradas mais cénicas dos Pirenéus, com base em Saint Jean de Luz, no País Basco francês.

De Portugal vão partir sete microcarros. A maioria? Vai a rolar pela estrada. E também regressa da mesma forma. A partida oficial acontece amanhã, 7 de maio, pelas 7h30, na sede do CPAA, no Porto. O destino da primeira etapa é Palência (480 km) ou, para os mais destemidos, Burgos (590 km).

Mas para alguns, a aventura já começou. António Cardoso Mota, proprietário de um Sado 550 — o microcarro made in Portugal — arrancou esta manhã do Parque das Nações, em Lisboa, acompanhado por Klaus Schulz, presidente do Club Heinkel, rumo ao Porto, para se juntar à restante comitiva.

Em comum, todos os participantes vão conduzir microcarros clássicos, testemunhos de uma época em que “menos” era mesmo(!) menos: menos cilindros, menos peso, menos velocidade. Mas também menos pressa e mais aventura.

Indústria nacional

Estas 11 marcas de automóveis são portuguesas. Conhece todas?

Marcas de automóveis portuguesas? Sim, também tivemos e não foram poucas. Conhece 11 marcas ficaram na história da indústria automóvel nacional.

Manuel Mascarenhas

Os microcarros portugueses estão confirmados e a viagem será acompanhada por vários meios especializados, entre eles a Razão Automóvel.

Entre afinações de última hora, arranques madrugadores e previsões meteorológicas incertas, uma certeza permanece: só os carros é que são pequenos. Será uma grande aventura, até porque, feitas as contas, serão mais de 2000 km. O que não deixa de ser notável quando consideramos carros cujas cilindradas estão entre 250 e 600 cm³.

Guilherme Costa

Desde muito cedo trocou a companhia dos brinquedos pelas revistas de automóveis. Alimentado por essa paixão em 2012 fundou a Razão Automóvel.

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