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UE e China mais perto de chegar a acordo sobre tarifas

A China e a União Europeia estão prestes a chegar a um acordo que poderá acabar com as tarifas sobre os elétricos produzidos no país asiático.

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© Razão Automóvel

A União Europeia (UE) e a China estão mais próximas de chegar a um consenso quanto às tarifas de importação aplicadas aos automóveis elétricos produzidos em solo chinês.

As duas potências têm dado sinais de aproximação nas últimas semanas. Tanto o comissário europeu para o comércio, Maros Sefcovic, como o ministro do comércio chinês, Wang Wentao, confirmaram avanços nas negociações, incluindo um potencial acordo para estabelecer um preço mínimo para os automóveis elétricos produzidos na China.

BYD Seal U DM-i, frente 3/4
© BYD O BYD Seal U DM-i é a aposta híbrida plug-in da BYD para contornar as tarifas.

Recentemente, através de uma publicação na rede social X, o Ministério do Comércio da China anunciou que as conversações “entraram na fase final”, embora tenha sublinhado que “são ainda necessários esforços de ambas as partes”.

Na publicação lê-se ainda que “ambas as partes instruíram as suas equipas de trabalho a redobrar esforços para encontrar soluções mutuamente aceitáveis, em conformidade com as respetivas legislações e com as regras da OMC (Organização Mundial do Comércio)”. Para além disto, comprometeram-se ainda a resolver “as divergências comerciais de forma apropriada”.

Recorde-se que, em meados do ano passado a UE impôs tarifas adicionais de até 35,3% (acrescidas aos 10% já existentes) sobre os elétricos importados da China, justificando a medida com aquilo que classifica como “concorrência desleal”.

Segundo Bruxelas, o Governo chinês tem financiado diretamente os fabricantes nacionais, permitindo-lhes baixar artificialmente os preços e ganhar quota de mercado no espaço europeu.

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Impacto das tarifas

As tarifas têm tido um impacto direto em vários fabricantes chineses, levando algumas marcas a redirecionar o foco para os híbridos plug-in que estão isentos destas tarifas. Outras, como a BYD e a Chery, avançaram com planos para estabelecer fábricas próprias em solo europeu, mitigando os efeitos das restrições.

Não são apenas as marcas chinesas que são impactadas pelas tarifas aos automóveis elétricos importados da China. O CUPRA Tavascan, por exemplo, está sujeito a uma tarifa de 45,3%.

As tarifas não são uniformes, variando consoante o grau de cooperação dos fabricantes com a investigação conduzida pela Comissão Europeia. Os que não colaboraram enfrentam a taxa máxima, enquanto os que cooperaram beneficiam de taxas mais reduzidas.

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