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Volvo sob pressão vai despedir milhares para reduzir custos

A Volvo deu início a um processo de restruturação para fazer face à perda de vendas e lucros, que vai implicar o despedimento de 3000 pessoas.

Volvo XC60 MY26 - 3/4 de frente
© Volvo

A Volvo anunciou que vai despedir cerca de 3000 pessoas globalmente, que vão afetar várias posições nos escritórios e consultores, no âmbito de um plano de reestruturação destinado a reduzir custos em 18 mil milhões de coroas suecas (1,6 mil milhões de euros).

Esta decisão insere-se numa estratégia mais ampla apresentada no mês passado e que, segundo o fabricante, visa “construir uma Volvo mais forte e resiliente, numa indústria que enfrenta desafios consideráveis”.

Volvo EX40 dianteira 3/4 (Volvo XC40 Recharge)
© Volvo O Volvo XC40/EX40 foi o segundo modelo mais vendido da marca em abril. Em primeiro lugar está o XC60 (capa)

A maioria dos despedimentos ocorrerá na Suécia e afetará cerca de 15% da força de trabalho global em escritórios.

De acordo com o que Håkan Samuelsson, presidente e diretor-executivo da Volvo Cars, disse à Reuters, praticamente todos os departamentos serão impactados — desde a investigação e desenvolvimento (I&D), passando pela comunicação, até aos recursos humanos. São 1200 funcionários e 1000 consultores, maioritariamente na Suécia, com os restantes localizados em outras partes do mundo.

Também o novo diretor financeiro, Fredrik Hansson, reforçou que “nenhuma área ficará intocada”, embora tenha reconhecido que Gotemburgo, sede da Volvo, será a mais afetada.

A operação implicará um custo de reestruturação único de 1,5 mil milhões de coroas suecas (138 milhões de euros) e deverá estar concluída até ao outono, altura em que será apresentada a nova estrutura organizacional da empresa.

Tempos difíceis

Este plano surge num contexto de pressão crescente sobre o construtor sueco. A Volvo tem sido particularmente penalizada pelas tarifas norte-americanas, dado que grande parte da sua produção está localizada na Europa e na China. Os lucros no primeiro trimestre de 2025 caíram 60%.

Nos primeiros quatro meses do ano, a marca registou uma quebra global de 7% nas vendas, para 248 525 unidades. A venda de modelos eletrificados — híbridos plug-in, mild-hybrids e elétricos — caiu 5% no mesmo período.

Os elétricos da Volvo, em particular, registaram uma queda global de vendas significativa de 20% — os híbridos plug-in, por outro lado, subiram 11%. Apesar deste cenário, a Volvo reafirmou o seu compromisso com a eletrificação total. “Mantemo-nos firmes na nossa ambição de nos tornarmos uma empresa 100% elétrica, porque é esse o segmento com maior crescimento”, sublinhou o construtor.

“As ações anunciadas foram decisões difíceis, mas são passos importantes para construir uma Volvo mais forte e resiliente”, concluiu Samuelsson.

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