Smart vai deixar de ser uma marca apenas de elétricos

Há mais uma marca a dar um passo atrás na eletrificação total: a Smart, que desde 2020 apenas vendia automóveis 100% elétricos, vai regressar aos motores de combustão.

A mudança vai dar-se no mais recente modelo da marca, o #5, que passará também a dispor de duas variantes híbridas plug-in. Contudo, pelo menos para já, esta alteração apenas se fará sentir no mercado chinês.

Para já, não está previsto o lançamento das variantes PHEV (plug-in hybrid electric vehicle) do smart #5 fora do mercado da China continental.

O mesmo é dizer que, para já, a estratégia da Smart para a Europa (e por conseguinte para Portugal) não irá sofrer alterações. No entanto, se as vendas do novo #5 não estiverem à altura das expectativas, a marca poderá mesmo decidir trazer as versões híbridas plug-in para o «velho continente».

E não é improvável que isto venha mesmo a acontecer. Basta olhar para os dados mais recentes da ACEA para perceber que as vendas de híbridos plug-in estão a crescer de forma significativa em alguns dos mercados mais importantes da Europa: entre janeiro e março de 2025, as vendas de híbridos plug-in aumentaram, por exemplo, 41,8% na Alemanha e 30,7% em Espanha.

O que esperar do #5 PHEV?

As versões híbridas plug-in do #5 só serão lançadas no mercado chinês no último trimestre do ano, pelo que só nessa altura a Smart irá divulgar, na íntegra, os dados técnicos em tornos destas versões.

Contudo, tal como sempre acontece com os novos modelos lançados naquele mercado, o Ministério da Indústria e Tecnologia de Informação da China (MIIT, sigla em inglês) deverá revelar em breve as primeiras especificações deste #5 PHEV, que poderá recorrer ao sistema Thor da Geely.

A confirmar-se o recurso a esta solução, que já equipa o Geely Galaxy 7 EM-i, o #5 PHEV irá combinar um motor a gasolina turbo, com 1,5 litros e quatro cilindros, com 112 cv, com um propulsor elétrico, que entrega 218 cv.

No Geely Galaxy 7 EM-i, este sistema está disponível com dois tipos de baterias: uma com 8,5 kWh que promete até 55 km no ciclo chinês CLTC (bem menos exigente do que o europeu WLTP); outra com 19,1 kWh que anuncia uma autonomia elétrica de até 120 km (CLTC).

Resta agora esperar para confirmar se a Smart vai recorrer a este sistema e se estes números se vão confirmar. Contudo, há uma coisa que parece certa: em termos de potência, nenhum dos híbridos plug-in do modelo conseguirá fazer frente à motorização mais potente da gama presente no #5 Brabus, que declara 646 cv:

Redação

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