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Porsche está à procura de novo CEO e já existem opções

Investidores põe em questão o duplo cargo de Oliver Blume na Porsche e no Grupo Volkswagen, enquanto enfrentam quedas de vendas e lucros.

Porsche Macan Turbo - 3/4 de frente
© Porsche

A pressão para que Oliver Blume, diretor-executivo da Porsche e do Grupo Volkswagen, abandone a liderança da marca da Estugarda tem aumentado visivelmente. Fontes próximas da marca dizem que há investidores a questionar o seu papel duplo e pedem que se concentre exclusivamente no Grupo Volkswagen.

A Porsche já terá iniciado conversações com potenciais sucessores, e dois nomes avançam como finalistas, ainda fora do conhecimento público: um gestor interno da própria marca e outro externo, vindo de fora da empresa.

Oliver Blume, VW Group
© Niels Starnick / Bild am Sonntag Oliver Blume, atual diretor-executivo da Porsche e do Grupo Volkswagen

Blume assumiu a direção da Porsche em 2015 e manteve o cargo mesmo após suceder a Herbert Diess à frente do Grupo Volkswagen, sete anos depois. O facto de ocupar um cargo duplo tem sido fonte de preocupação, tendo em conta os desafios que tanto a Porsche como o grupo enfrentam.

Até ao momento, porta-vozes da Porsche e do Grupo Volkswagen recusaram-se a comentar. Segundo a revista alemã WirtschaftsWoche, a nomeação do novo diretor-executivo deverá ser anunciada no outono, com início das funções no início de 2026.

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Os desafios da Porsche

Depois de vários anos consecutivos a bater recordes de vendas e lucros, o ano de 2025 está a ser muito difícil para o fabricante de Estugarda. O construtor ainda continua a crescer em regiões como a América do Norte, mas devido, sobretudo, à quebra significativa na China, foi arrastado para um conjunto de resultados muito abaixo do habitual.

Apesar das dificuldades, a Porsche apresentou 832 milhões de euros de lucro no primeiro semestre deste ano. Mas não deixa de ser uma queda muito significativa de 67% face ao primeiro semestre de 2024, quando registou lucros de 2,9 mil milhões de euros. As vendas também diminuíram 6,1%, para 146 391 unidades. Este ano, o construtor já reviu as suas expectativas em baixa duas vezes.

Os problemas do Grupo Volkswagen

Relativamente ao Grupo Volkswagen, este também está a enfrentar uma reestruturação. O resultado operacional de 6,7 mil milhões de euros registado nos primeiros seis meses do ano significou uma queda de 33% face a 2024. A margem operacional também caiu, de 6,3% para 4,2%.

O segundo semestre promete ser tão ou mais desafiante para o gigante alemão, que reviu em baixa as previsões para este ano de 2025. O contexto está a ser marcado por incertezas geopolíticas, restrições comerciais e uma concorrência cada vez mais intensa.

Na atualização das previsões, publicada a 25 de julho, a empresa alemã admite agora que as receitas deverão ficar em linha com as de 2024, abandonando a previsão anterior de um crescimento até 5%. Também a rentabilidade será afetada. A margem operacional esperada passou a situar-se entre 4,0% e 5,0%, abaixo da anterior estimativa de 5,5% a 6,5%.

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