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BMW espera impacto de mil milhões de euros devido às tarifas

O ano de 2024 foi desafiante para o Grupo BMW, com quebra de vendas e lucros. Para 2025 o CEO mantém uma visão positiva, ainda que os desafios não sejam menores.

BMW iX, frente com DRL e duplo rim iluminado
© BMW

As novas tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos da América e pela União Europeia poderão custar à BMW cerca de mil milhões de euros em 2025, segundo revelou o grupo na apresentação dos seus resultados financeiros.

O diretor financeiro, Walter Mertl, contudo, esclareceu que o impacto estimado de mil milhões de euros é um cálculo aproximado, não um custo oficialmente registado no balanço da empresa. “Se a situação se alterar, vamos ter de fazer ajustes nas contas”.

Apesar do impacto significativo, o fabricante alemão mantém uma perspetiva otimista: Acreditamos que estas tarifas não vão durar muito tempo, apesar de algumas poderem prolongar-se mais do que outras, afirmou Oliver Zipse, diretor-executivo do Grupo BMW, em entrevista à Bloomberg Television.

BMW Vision Neue Klasse X-3
© BMW A nova geração de elétricos da BMW, conhecidos como Neue Klasse, vão começar a chegar este ano, com o lançamento do sucessor do IX3. A versão de produção vai ser apresentada em setembro, em Munique.

“Nós esperamos crescer porque temos uma boa ofensiva de produtos. Olhamos para 2025 com otimismo apesar de todos os desafios que possamos enfrentar.”

Oliver Zipse, CEO do Grupo BMW

Lucros em queda

Apesar do otimismo, os resultados de 2024 revelaram uma queda de 34% no lucro líquido, que desceu para os 7,68 mil milhões de euros, o pior desempenho da empresa nos últimos quatro anos.

A margem operacional também sofreu um recuo, fixando-se nos 6,3% — uma redução de 35,7% face ao ano anterior. Entre os principais fatores que afetaram a performance da BMW, está a queda das vendas na China e na Alemanha e problemas na cadeia de fornecimento.

Em termos de vendas globais, a BMW comercializou 2,45 milhões de veículos em 2024, uma redução de 4% em relação ao ano anterior.

A marca do grupo cujas vendas mais desceram foi a MINI, com uma queda de 17,1% (244 915 unidades). A BMW e a Rolls-Royce também desceram, 2,3% (2 200 177 unidades) e 5,3% (5712 unidades), respetivamente.

Embora tenha tido desafios, a empresa reafirmou que cumpriu os seus objetivos para 2024: “Entregámos mais de 2,45 milhões de automóveis e alcançámos uma margem operacional de 6,3% no setor automóvel”, destacou Zipse.

2025: previsões dependem da manutenção das tarifas

Para 2025, a BMW projeta uma margem operacional entre 5% e 7% para a sua divisão automóvel. No entanto, essa estimativa baseia-se na premissa de que as tarifas atualmente em vigor permanecerão até ao final de 2024. A empresa, no entanto, não acredita que isso vá acontecer.

Atualmente, o grupo enfrenta tarifas sobre os automóveis fabricados no México e exportados para os EUA, uma vez que a empresa não cumpre totalmente com as regras do acordo comercial entre os Estados Unidos-México-Canadá (USMCA).

Para além disto, os carros elétricos da marca Mini, fabricados na China, também foram atingidos pelas novas tarifas da UE.

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