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Está cada vez mais difícil ter um Bugatti e o problema não é o preço

A indústria automóvel está a passar por um período volátil, mas a Bugatti parece estar num planeta à parte, com encomendas para vários anos.

Bugatti Tourbillon - frente com portas abertas
© Bugatti

A vida dos fabricantes automóveis está muito complicada — tarifas, eletrificação, emissões, novos concorrentes —, mas a Bugatti parece imune a todos os desafios e pressões ao ter encomendas garantidas até 2029.

Foi o que Frank Heyl, diretor de design da marca, revelou à CarBuzz. Com a conclusão da produção do Bolide e o início da produção do Tourbillon, a Bugatti “estará bastante ocupada até 2029 e esgotada até ao mesmo ano”.

Claro que a natureza de um fabricante como a Bugatti não é a mesma de outro como a Volkswagen, mas neste mundo incerto, ter o negócio garantido até ao final da década é notável.

Bugatti Bolide na garagem 3/4 de frente
© Gooding Christie's A produção dos 40 Bolide está a terminar e agora a Bugatti vai começar a produzir os 250 Tourbillon, que manterá o fabricante bastante ocupado durante os próximos anos.

Esta estabilidade dá à marca bastante tempo para definir o que virá depois do Tourbillon e “planear com antecedência” o futuro da marca, avançou o diretor de design da marca.

“Quando se tem esta estabilidade financeira, tudo funciona de forma sólida. Está tudo definido”.

Frank Heyl, diretor de design da Bugatti

Bolide e Tourbillon

O Bugatti Bolide e o Tourbillon são bastante exclusivos, onde cada unidade é produzida quase como se fosse uma obra de arte, sem grandes pressas em alcançar a sua conclusão.

O Bugatti Bolide tem a sua produção limitada a umas «escassas» 40 unidades, enquanto o Tourbillon será limitado a 250 unidades. O Bolide foi revelado em 2020 e é exclusivo para circuitos, sendo o mais radical dos Bugatti a equipar o emblemático motor W16 tetraturbo (aqui com 1600 cv).

Já o Tourbillon, sucede ao Chiron e é o primeiro hipercarro híbrido da Bugatti. Trocou o W16 tetraturbo por um V16 atmosférico de 8,4 litros, combinado com três motores elétricos. Resultado? 1800 cv e performances absurdas: 2,2s dos 0 aos 100 km/h e uma velocidade máxima de 380 km/h.

Tempo de espera vai diminuir?

Se esta carteira de encomendas são boas notícias para o fabricante, para os clientes e potenciais clientes talvez não. Não só o tempo de espera para quem encomendou um Tourbillon pode chegar, assim, aos quatro anos, como a procura é também muito superior à oferta.

Para amenizar o problema, a Bugatti está a construir uma nova unidade de produção nas suas instalações em França, mas o objetivo não é aumentar radicalmente o volume de produção. Mas talvez permita tempos de espera mais razoáveis.

O novo edifício vai ocupar pouco mais de 12 hectares — comparece-se com os quase 162 hectares da unidade de produção da Volkswagen em Wolfsburgo (Alemanha), por exemplo.

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