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Governo anuncia medidas para simplificar carregamento dos elétricos

O Governo diz que as medidas aprovadas são "uma verdadeira liberalização e simplificação do regime da mobilidade elétrica".

Fiat 500 elétrico a carregar
© FIAT

Conseguir que o carregamento de um carro elétrico seja tão fácil como abastecer um carro a combustão é um dos grandes objetivos das medidas hoje aprovadas pelo Conselho de Ministros.

O Governo decidiu avançar com a “simplificação e liberalização” do carregamento dos carros elétricos, depois de vários Projetos de Lei referentes ao mesmo tema terem sido chumbados no Parlamento no início deste mês.

Parque para carregamento de carros elétricos
© André Mendes / Razão Automóvel

Entre as medidas anunciadas por António Leitão Amaro, ministro da Presidência, no final do Conselho de Ministros, temos o fim da figura do “comercializador de mobilidade elétrica, isto é, de intermediário”, afirmou.

“(Vai) deixar de ser necessário ter um contrato com fornecedor de energia elétrica e ser possível dirigir-se a um posto de abastecimento, carregar e pagar com meios eletrónicos normais de pagamento.”

António Leitão Amaro, ministro da Presidência

Com o fim do comercializador de mobilidade elétrica, que o ministro da Presidência disse ser “um intermediário para cobrar taxas”, é expectativa do Governo que promova o aumento da concorrência e a liberdade do consumo, e o baixar dos preços “que, em Portugal, são particularmente elevados”, constatou.

Mais medidas

O Conselho de Ministros aprovou mais medidas para “uma verdadeira liberalização e simplificação do regime da mobilidade elétrica”, de acordo com as palavras do ministro da Presidência.

Foram aprovadas outras medidas que passam, disse António Leitão Amaro, pela “uniformização das unidades de contagem para que os preços sejam comparáveis e estender essas obrigações de transparência e concorrência as espaços onde os postos são concessionados, como é o caso das autoestradas”

Também vai ser permitido emitir títulos de carbono individuais, quando o carregamento é feito com eletricidade integralmente verde.

Os postos de carregamento podem ser ainda transformados para ficarem aptos para “produção e autoconsumo”. O ministro referiu ainda que os “carregamentos possam ser bidirecionais para que a capacidade excedentária de um veículo possa, em sentido inverso, alimentar também a própria bomba”.

“São soluções importantes que vão ampliar o acesso e facilitar a propagação dos veículos elétricos”, concluiu António Leitão Amaro.