Pneus do Bugatti Bolide só fazem 60 km e custam quase um Citroën Ami

Manny Khoshbin continua a descobrir as maravilhas de ter um Bugatti Bolide, um modelo que nem sequer pode conduzir em estrada. O hiperdesportivo de Molsheim foi desenvolvido para extrair o máximo desempenho em pista, mas essa “brutalidade” tem um custo.

Por exemplo, os pneus desenvolvidos pela Michelin especificamente para o Bolide só duram cerca de 60 km, quando utilizados em circuito. Depois disso têm de ser substituídos. Cada conjunto, custa cerca de 7000 euros — praticamente o preço de um Citroën Ami em Portugal.

O motivo, está relacionado com a exigência imposta pelas cargas geradas em curva, aceleração e travagem. Conduzido perto dos limites, os pneus slick da Michelin não chegam a durar uma hora.

Mesmo os Bolide que acabam por ficar apenas estacionados numa garagem, têm de ter os seus pneus trocados de cinco em cinco anos. Os pneus de chuva, ainda menos, de três em três anos.

Além disso, há diversos outros componentes com uma validade definida, como o sistema de extinção de incêndios.

Hiperdesportivo

Tem um Bolide na garagem mas Bugatti pede para não ligar o motor

Ter um hipercarro na garagem como o Bugatti Bolide está longe de ser algo simples — é um carro só para pista. Que o diga Manny Khoshbin.

André Mendes

No Bolide, é ainda necessário ter um controlo muito cauteloso com as temperaturas, uma vez que o carro não tem sistema de arrefecimento para o motor. Mas, apesar de toda essa radicalidade, o conforto do condutor não foi esquecido: o ar condicionado continua presente.

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André Mendes

Jornalista automóvel desde o final dos anos 90. Assistiu às grandes transformações do setor e acredita que o melhor ainda está para vir.

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