Novo T-Roc revelado. Tudo sobre o SUV mais português da Volkswagen

Pode ser alemão de passaporte, mas o Volkswagen T-Roc é também português e a sua história é de sucesso.

Produzido na Autoeuropa, em Palmela, já vendeu mais de dois milhões de unidades desde que nasceu em 2017 e conseguiu o feito de destronar o Golf como o Volkswagen mais vendido da Europa. Para Portugal, não é apenas “mais um SUV”, é uma espécie de filho pródigo da indústria nacional.

Caem, assim, grandes responsabilidades sobre a segunda geração agora revelada. Podemos afirmar, desde já, que o novo Volkswagen T-Roc é um salto positivo a vários níveis e não poderia ser de outra forma.

Maior, mais aerodinâmico e mais expressivo

O T-Roc 2026 cresceu em todas as direções, afastando-se do T-Cross e aproximando-se do Tiguan. São mais 122 mm no comprimento (4,373 m), 9 mm na largura (1,828 m) e 9 mm (1,562 m) na altura, com a distância entre eixos a alongar 28 mm (2,631 m).

Um crescimento que se reflete positivamente no interior, com mais espaço para cotovelos, pernas e malas. A bagageira passa a oferecer 465 litros (+20 litros), o suficiente para ir de férias de família sem precisar de jogar “Tetris” com as malas.

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A silhueta da segunda geração é familiar — está mais próxima de um coupé, com o “hockey stick” redesenhado e tem novo spoiler traseiro —, mas também é mais eficaz aerodinamicamente: o C_x (coeficiente de resistência aerodinâmica) é agora de 0,29, menos 10% que antes. O que deverá ajudar no capítulo dos consumos e insonorização.

Dito isto, a Volkswagen não arriscou muito no estilo — em equipa que ganha não se mexe, segundo diz o ditado. Mas a marca alemã aproximou o T-Roc das propostas mais recentes da marca, dando-lhe elementos de estilo mais expressivos, como os grupos óticos dianteiros e traseiros, agora unidos por faixas luminosas. E, novidade, o novo T-Roc também passa a ter o logótipo da marca iluminado, tanto à frente como atrás.

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Menos botões e mais tecnologia

No interior a Volkswagen promete mais qualidade, com o tabliê a ser revestido em tecido almofadado e a integrar iluminação ambiente que surge através de leatherette perfurado.

O design do interior dá mais um passo em direção ao minimalismo, com menos botões e menos elementos decorativos tradicionais. É também mais sustentável: o Volkswagen T-Roc 2026 usa até 40 kg de plásticos reciclados no interior, representando 20% do total. Há ainda vários easter eggs para descobrir escondidos em vários compartimentos: pequenas referências culturais alemãs, como pretzels e café.

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O seletor da transmissão — apenas caixa DSG (dupla embraiagem), deixa de haver caixa manual —, passou para a coluna de direção. Isto permitiu «limpar» e aproveitar melhor a consola central, que tem mais espaços de arrumação. O carregamento sem fios para smartphones tem direito a refrigeração ativa.

O infoentretenimento é de última geração MIB4, acessível via ecrãs de 10,4” (sem navegação) ou 12,9” (com navegação a poder ser ativa depois, também por download). A marca alemã diz que o sistema está mais intuitivo de usar, com atalhos fixos, novo ecrã de entrada e uma barra superior.

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O Digital Cockpit Pro de 10” mantém a informação personalizável, enquanto o head-up display faz a sua estreia no Volkswagen T-Roc. Se não é o maior fã de ecrãs táteis, há comandos por voz com o assistente IDA, que integra o ChatGPT.

Apesar do número de botões ter sido reduzido, há um novo comando multifunções na consola central, que permite alternar entre o volume, perfis de condução e até o ambiente a bordo.

O primeiro full-hybrid da Volkswagen

Entre as maiores novidades da segunda geração do Volkswagen T-Roc está a estreia de uma motorização híbrida (full hybrid) que não necessita de carregamentos externos, tal como já existe noutras marcas, como a Toyota, Renault ou Hyundai.

Só chega em 2026, mas já sabemos que terá como ponto de partida o conhecido motor a gasolina 1.5 TSI, combinado com um motor elétrico e dois patamares de potência: 136 cv e 170 cv (ambos com 306 Nm de binário). Promete condução 100% elétrica em curtas distâncias e consumos 15% inferiores face aos mild-hybrid de 48 V.

Enquanto esperamos pelo T-Roc Hybrid, no lançamento vai estar disponível apenas com motorizações a gasolina mild-hybrid. Já os conhecemos de outros Volkswagen: 1.5 eTSI de 116 cv e 150 cv, sempre associados à DSG de sete relações. Prometem eficiência, integrando desativação de cilindros ACTplus e modo coasting (roda livre) com motor desligado.

A encimar a gama estará o 2.0 TSI 4MOTION, com tração integral, não havendo ainda especificações anunciadas para esta versão. Thomas Schäfer, diretor-executivo da Volkswagen, também já confirmou que o T-Roc R vai regressar.

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Por fim, mas não menos importante, o Volkswagen T-Roc 2026 virá munido de um arsenal de assistentes à condução. De série já traz Front Assist, Lane Assist, Cruise Control, alerta de fadiga e travagem de emergência com deteção de peões e ciclistas.

Mas os opcionais elevam a fasquia: Travel Assist com mudança de faixa assistida, adaptação preditiva à estrada e até paragem automática se o condutor adormecer ao volante. Há ainda o Park Assist Pro, que memoriza manobras de até 50 m e permite estacionar via smartphone. Tudo isto complementado por visão 360° e avisos ao abrir portas (Exit Warning).

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Quando chega?

O novo Volkswagen T-Roc não reinventa a roda, mas evolui onde importa um modelo marcado por um sucesso comercial notável. E continua a sair de Palmela para o mundo, carregando consigo não só o peso da produção nacional, mas também a responsabilidade de ser um dos modelos mais vendidos da Europa.

Vai ser revelado publicamente no Salão de Munique (IAA Mobility 2025) a 9 de setembro, coincidindo com o início das pré-vendas, mas a chegada ao mercado da segunda geração do T-Roc está marcada para novembro de 2025.

Os preços ainda não foram anunciados, mas com o desaparecimento do 1.0 TSI da gama e com a nossa fiscalidade anacrónica que penaliza a cilindrada, o ponto de entrada do novo T-Roc deverá ser superior aos 32 342 euros do atual.

Fernando Gomes

Entrou no universo dos automóveis através do design, hoje expressa a sua paixão pelo automóvel na escrita.

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