Notícias Antonov AN-225 Mriya. O fim do maior avião do mundo

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Antonov AN-225 Mriya. O fim do maior avião do mundo

O maior avião do mundo, o Antonov AN-225, deixou de existir, tendo ficado destruído durante o bombardeamento do aeroporto de Hostomel.

Antonov AN-225

O gigante Antonov AN-225 Mriya (Sonho) era único no mundo. Aquele que era o maior avião operacional do planeta acabou por se tornar num dos muitos danos colaterais da invasão russa da Ucrânia.

O AN-225 tinha como base o aeroporto de Hostomel, localizado nos subúrbios de Kiev, também conhecido como Aeroporto Antonov, o nome da empresa aeronáutica, e servia não só de aeroporto internacional para cargas e descargas, como também de local de testes da Antonov.

Este aeroporto foi um dos primeiros a serem bombardeados pelas forças militares russas a 24 de fevereiro, considerado uma localização de alto valor estratégico.

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Imagens de satélite começaram por mostrar que o hangar onde estava o AN-225 tinha sido atingido pelo bombardeamento, mas era possível ver que a cauda do avião parecia estar intacta. Contudo, não se sabia se o gigante avião de carga tinha sido danificado ou não.

Após vários dias de incerteza, ficou confirmado, recentemente, numa reportagem da televisão estatal russa, a destruição do Antonov AN-225.

Antonov AN-225 Mriya

O Antonov AN-225 foi desenvolvido a partir do AN-124 e entrou ao serviço no final de 1988 tendo como um dos seus objetivos o de transportar o vaivém soviético Buran.

O colapso da União Soviética no início dos anos 90 acabou por deitar essa missão por terra. Após alguns anos, o AN-225 foi recuperado e modernizado no virar do século, servindo como avião de transporte de cargas especiais.

Antonov AN-225

Com uma envergadura de 88,4 m e um comprimento de 84 m, foi o maior avião operacional do planeta. Tem uma carga útil de 250 toneladas, podendo descolar com até 600 toneladas de peso bruto.

Colocar este colosso no ar é trabalho para os seis motores (três por asa) ZMKB Progress Lotarev D-18T capazes de 229,5 kN de propulsão cada e tem um.

Com os tanques cheios apresenta um alcance superior a 15 mil quilómetros, mas quando totalmente carregado, a sua autonomia vê-se reduzida para 4500 km.

Agora destruído, a única esperança de voltar a ver este colosso no ar está no completar da construção do segundo exemplar do AN-225.

Este começou a ser construído na mesma altura que do primeiro AN-225, mas também devido ao colapso da União Soviética, a construção foi suspensa. Esteve para ser completado nos primeiros anos deste século, mas tal acabou por nunca acontecer.