Primeiro Contacto Peugeot 408 ainda sem rivais. Conduzimos o novo híbrido plug-in de 180 cv

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Peugeot 408 ainda sem rivais. Conduzimos o novo híbrido plug-in de 180 cv

O Peugeot 408 aposta num novo formato para cativar o mercado. Conduzimos o novo híbrido plug-in de entrada, com 180 cv, que tem um preço mais baixo… mas ainda elevado.

Peugeot 408 GT Plug-in Hybrid 180

Primeiras impressões

8/10

Data de comercialização: Maio 2023

O desenho atrai e o espaço surpreende. Fórmula vencedora da Peugeot?

Prós

  • Imagem diferenciadora
  • Sistema híbrido
  • Consumos em estrada
  • Espaço a bordo

Contras

  • Bagageira no híbrido plug-in
  • Preços das versões híbridas plug-in

Para perceber como é que chegamos ao novo Peugeot 408, uma proposta que parece ter encontrado um novo nicho no mercado, temos de recordar os últimos tempos na marca francesa.

Com a nova geração do 308 e da 308 SW veio também uma imagem modernizada e até um novo logótipo, marcando o início de uma nova era. Mas a Peugeot, apesar dos números de vendas auspiciosos, não se ficou por aqui.

Apesar de ter a possibilidade de fazer uma pausa e respirar fundo, fez precisamente o oposto. De garras bem afiadas, continuou, incessantemente, a apresentar novos modelos e concepts, que nos deixaram espreitar para o futuro da marca.

Peugeot 408 dianteira esfera transparente

Um deles, o 408, foi apresentado no interior de uma bolha (literalmente), mostrando uma nova ideia, diferente do habitual.

A Peugeot diz-nos que o novo 408 é uma alternativa para quem já está farto de carrinhas e SUV. E por isso assume-se como um fastback de cinco portas (um dois volumes e meio) com um visual mais aventureiro e distinto.

Uma proposta única, sem concorrentes diretos. Mas parece-nos que será sol de pouca dura… Em Billancourt, a sua arquirrival de sempre prepara, talvez, o seu maior concorrente.

De Peugeot 408 até à melhor estrada do mundo

O novo Peugeot 408 já está disponível em Portugal e agora acaba de ser adicionada à gama uma nova versão híbrida plug-in de entrada, com 180 cv. Até agora só estava disponível a versão de 225 cv.

E para a conhecermos um pouco melhor, a Peugeot desafiou-nos a levá-lo até àquela que é considerada a melhor estrada do mundo. Ou seja, a N222, no troço entre Peso da Régua e o Pinhão — uma estrada que não é nada estranha à Razão Automóvel, como podem ver no vídeo abaixo:

A configuração mais desejada inclui o nível de equipamento GT, a carroçaria pintada no Azul Obsession de lançamento e as (opcionais) jantes de 20″.

A versão GT distingue-se pelos detalhes da grelha frontal na cor da carroçaria, que se juntam às luzes de condução diurna em forma de «presas». Também inspiradas nos felinos, as óticas traseiras têm elementos em LED, com um desenho muito semelhante ao que encontramos nos 308.

Neste 408, o seu desenho, a altura ao solo, as proteções nas cavas das rodas e a até a sua presença, fazem a diferença. Suficiente para o colocar num patamar um pouco mais «especial» do que acontece com as gamas de maior volume de vendas.

E, como já referimos, se olharmos para a maioria das marcas disponíveis no nosso mercado, percebemos que este novo 408 ainda nem sequer tem rivais próximos. E isso mostra o empenho da marca em criar algo diferente.

Detalhes originais e funcionais

Além do formato da carroçaria, basta darmos uma volta em torno do 408 para começarmos a descobrir detalhes distintos.

Peugeot 408 - 3/4 traseira
© Peugeot

Por exemplo, reparou nas saliências de ângulo mais pronunciado que estão por cima da porta da bagageira? A marca chama-lhes «orelhas de gato», mas, na realidade, além de um contributo aerodinâmico, têm a função de esconder as dobradiças da porta traseira.

A maior surpresa foi descoberta a bordo

Assim que nos sentamos ao volante do Peugeot 408, a primeira impressão é que este modelo parece mais amplo que o seu «irmão», o 308.

Na frente, a geração mais recente do i-Cockpit inclui a instrumentação tridimensional (com o nível de equipamento GT), capaz de cativar qualquer apaixonado por tecnologia.

E mesmo ao centro do tabliê, o novo monitor tátil do sistema de infoentretenimento também assume uma posição de destaque.

Peugeot 408 - tabliê
© Peugeot

Ao abrir uma das portas que dá acesso aos lugares traseiros, confirmamos que este Peugeot 408 tem também o trunfo do espaço a bordo.

Afinal, a distância entre eixos de 2,79 m permite que os passageiros da segunda fila tenham bastante espaço disponível para as pernas. E na medição da altura, os adultos com 1,85 m vão apenas ficar com o cabelo a tocar no forro do tejadilho, sem qualquer limitação em termos de espaço nas outras medições.

© Peugeot

Um pouco mais atrás, na bagageira, a volumetria não é tão ampla como na 308 SW, por exemplo.

Contudo, mesmo com o «roubo» de 65 l nas versões híbridas e de 17 l quando está presente o sistema de som da Focal, o Peugeot 408 ainda conta com 454 l, um valor mais que suficiente para a maioria das necessidades familiares.

Ao volante, a serenidade está garantida

De Lisboa até ao Douro foi quase sempre por autoestrada e itinerários principais. O Peugeot 408 GT Plug-in Hybrid 180 que conduzi nesta viagem mostrou ser uma excelente opção para este tipo de deslocações.

Peugeot 408 - dinâmica
© Peugeot

Face à mais potente opção de 225 cv, a única diferença reside na potência do motor térmico (PureTech a gasolina) utilizado — 150 cv ao invés de 180 cv. A vertente elétrica do sistema é idêntica nos dois casos, ou seja, um motor elétrico 81 kW (110 cv) integrado na caixa automática e-EAT8 de oito relações.

Consumos contidos

Mesmo em ambiente de autoestrada, em que as hipóteses de regeneração são pouco frequentes, o somar de quilómetros foi acompanhado de médias de consumo próximas de um Diesel.

Tecnologia: HYBRID 48V. Tudo sobre o novo sistema híbrido da Peugeot

Segundo o computador de bordo, sempre com valores entre os cinco e os seis litros, que em alguns momentos até acabou por adicionar alguns quilómetros à autonomia em vez de os vermos a desaparecer.

A regra passa por reajustar a condução e aproveitar algumas das descidas da melhor forma, nunca atrapalhando o trânsito ou diminuindo o ritmo, mas deixando o Peugeot 408 «fluir», quilómetro após quilómetro.

Dinamicamente competente

O nosso lado mais apaixonado pela condução dispensou a utilização do programador de velocidade adaptativo, mas também a do assistente que nos vai empurrando a direção para o centro da faixa.

Desta forma, o Peugeot 408 também nos mostrou uma presença em estrada bastante competente, mesmo nas zonas em que abandonámos a autoestrada e encontrámos traçados mais sinuosos. Ou seja, o momento perfeito para selecionar o modo de condução «Sport», mais desportivo.

© Peugeot

Já em ambiente de cidade (ou vila), o sistema elétrico faz os possíveis por dispensar os préstimos do motor de combustão, além de aproveitar toda e qualquer descida para recuperar um pouco mais de energia para as baterias do sistema.

Além disso, em toda e qualquer manobra de estacionamento, mesmo com o ar condicionado ligado, a locomoção é sempre efetuada em modo elétrico. São raras as vezes em que o sistema elétrico precisa de «pedir ajuda» ao motor de combustão para carregar a bateria. E isso também ajuda a conquistar médias de consumo mais comedidas.

Sem Diesel, só gasolina e híbridos plug-in

Para a gama nacional, a marca francesa usou uma estratégia semelhante à dos restantes mercados europeus para o novo Peugeot 408.

Ou seja, a maior aposta continua a incidir nas versões híbridas plug-in, ainda que mais direcionadas a clientes empresariais.

Peugeot 408 - lateral a carregar
© Peugeot

Como alternativa, fica disponível a motorização a gasolina 1.2 PureTech de 130 cv, sempre em conjunto com uma caixa automática — não há caixa manual no 408.

No entanto, quem desejar uma motorização Diesel, terá de passar para a gama 308, uma vez que o novo Peugeot 408 não inclui nenhuma opção alimentada por gasóleo.

O Peugeot 408 tem três patamares de equipamento disponível na gama nacional: Allure, Allure Pack e GT. Os preços começam nos 35 800 euros para a versão Allure com o motor 1.2 PureTech de 130 cv, enquanto o Plug-in Hybrid de 180 cv começa nos 45 150 euros para o nível Allure:

PEUGEOT 408
VersõesPreço
1.2 PureTech 130 cv EAT8 Allure35 800 €
Plug-in Hybrid 180 cv e-EAT8 Allure45 150 €
1.2 PureTech 130 cv EAT8 Allure Pack37 450 €
Plug-in Hybrid 180 cv e-EAT8 Allure Pack46 400 €
Plug-in Hybrid 225 cv e-EAT8 Allure Pack47 900 €
1.2 PureTech 130 cv EAT8 GT40 250 €
Plug-in Hybrid 180 cv e-EAT8 GT49 200 €
Plug-in Hybrid 225 cv e-EAT8 GT50 700 €

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Veredito

Peugeot 408 GT Plug-in Hybrid 180

Primeiras impressões

8/10
Não há como não destacar o visual do novo Peugeot 408 como um dos seus principais trunfos. Este é complementado por atributos substanciais, como o espaço a bordo, ou a eficiência do sistema híbrido. Apesar deste Plug-in Hybrid 180 cv assumir-se como opção mais acessível entre os híbridos da gama, ainda assim continua a ter preço elevado. Mas ficou mais atrativo para empresas.

Data de comercialização: Maio 2023

Prós

  • Imagem diferenciadora
  • Sistema híbrido
  • Consumos em estrada
  • Espaço a bordo

Contras

  • Bagageira no híbrido plug-in
  • Preços das versões híbridas plug-in

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