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Fim da linha. Fiat Panda 4×4 «reforma-se» sem deixar sucessor

Um dos 4x4 mais acessíveis e das versões mais desejadas do utilitário italiano, o Fiat Panda 4x4 «reformou-se» sem deixar sucessor.

Fiat Panda Cross em todo o terreno vista dianteira 3/4

Em 1983 os engenheiros da Fiat juntaram-se aos da Steyr-Puch para oferecer um sistema de tração integral ao Fiat Panda.

Desde então, é impossível falar do citadino italiano sem relembrar a sua versão aventureira, o Panda 4×4, uma das mais improváveis lendas do off road.

Agora, depois de três gerações a «democratizar» a condução fora de estrada — era um dos 4×4 mais baratos do mercado — o Fiat Panda 4×4 despede-se do mercado sem deixar qualquer sucessor.

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Fiat Panda 4x4
Ainda hoje as aptidões todo o terreno do Fiat Panda 4×4 impressionam.

O futuro do Panda ainda é incerto — tudo indica que haverá um sucessor indireto, posicionado um segmento acima e poderá ser apenas elétrico —, mas tudo indica que não haverá um Panda 4×4.

Afinal de contas, um modelo com as características do Panda 4×4 é algo difícil de justificar numa era da indústria automóvel cada vez mais racional.

Uma história longa e de sucesso

O primeiro vislumbre do Panda 4×4 surgiu logo em 1980, o mesmo ano em que foi lançado o Panda «normal». Giugiaro, o designer do Panda, revelou na altura mais dois protótipos: o Panda Offroader e o Panda Strip.

Ambos contavam com um sistema de tração integral da austríaca Steyr-Puch e antecipavam aquilo que viria a ser realidade em 1983: o Fiat Panda 4×4.

Para enfrentar as agruras do todo o terreno, o citadino viu o seu chassis reforçado, a distância ao solo aumentada e até se apresentava com o seu motor mais potente (à data): um quatro cilindros com 1,0 l e 48 cv.

Rapidamente o Panda 4×4 tornou-se num dos pilares da gama. Celebrizou-se nas versões Sisley e Country Club e pelo caminho tornou-se presença habitual em provas como o Rally Dakar — ainda na edição de 2022 captou atenções no Dakar de clássicos.

A segunda geração, inicialmente, não era para se ter chamado Panda — relembrem essa história neste artigo —, mas também não abdicou da versão mais aventureira do seu citadino.

O sistema de tração integral permanente já lhe permitia funcionar como um «tração à frente» sempre que não era necessário enviar binário para as rodas traseiras, mas as aptidões todo o terreno mantinham-se em alta, principalmente no Panda Cross, a versão mais radical.

Fiat Panda Cross 4x4 fora de estrada vista traseira 3/4
Seja em que geração for, o Fiat Panda 4×4 sempre se caracterizou por conseguir chegar mais longe do que muitos esperavam.

Em 2012, com a chegada da terceira geração (a atual), o Panda manteve-se fiel à tradição: o Panda Cross manteve a tração às quatro rodas e distância ao solo acrescida.

Só que agora o mais aventureiro dos Panda vê chegar o «fim da linha» sem deixar um sucessor. A Fiat coloca um «ponto final» na carreira de um dos seus modelos mais emblemáticos.

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