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Renault prepara divisão para modelos a combustão e já há compradores interessados

A Renault planeia criar uma divisão específica para modelos a combustão, e a Geely e Saudi Aramco querem parte dela.

Renault Mégane RS Trophy motor e símbolo
© Renault

Tudo indica que a Renault prepara-se para seguir o exemplo da Ford e criar uma divisão para modelos elétricos e outra para modelos com motores de combustão.

O objetivo por trás desta divisão é financiar a eletrificação — a grande aposta da Renault — e o construtor gaulês parece ter garantido já interessados para a sua futura divisão de modelos com motor de combustão interna.

Um é a chinesa Geely, proprietária de marcas como a Volvo, a Polestar e a Lotus e com a qual a Renault até já tem uma parceria. A outra é a petrolífera Saudi Aramco.

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O plano estratégico eWays está focado na eletrificação e para que possa avançar a Renault prepara-se para alienar parte do seu negócio de modelos de combustão. OLIVIER MARTIN GAMBIER omg.omg@w

O que esperar das novas divisões?

Apesar da Renault ainda não ter confirmado a criação de duas divisões independentes, a forma como estas poderão vir a funcionar já começa a «desenhar-se».

A divisão de modelos elétricos será sediada em França, detida maioritariamente pela Renault e entre as suas funções terá a produção de modelos elétricos e das respetivas baterias.

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Já a divisão de modelos com motores de combustão é conhecida internamente como “Chéval” (francês para cavalo) e deverá estar sediada fora de França.

Esta incluirá os modelos a combustão e os híbridos. Contará com fábricas de motores e transmissões em países como Espanha, Turquia, Roménia e… Portugal, como é o caso da fábrica de Cacia.

Depois de a Reuters ter avançado que a Renault estaria a preparar uma parceria com o construtor chinês, os mais recentes rumores indicam que a Geely estará interessada em adquirir 40% da futura divisão de modelos de combustão da Renault.

Já o jornal Le Monde avança que a Saudi Aramco estaria interessada em adquirir 20% dessa futura divisão de motores de combustão, deixando a Renault com os restantes 40%.

A mesma publicação avança ainda que a petrolífera poderá trabalhar com a Renault no desenvolvimento de combustíveis sintéticos para motores de combustão.

Uma «tática» cada vez mais comum

A hipótese da Renault criar uma divisão independente destinada a desenvolver e produzir os modelos de combustão está longe de ser uma novidade na indústria automóvel.

JT 4, caixa de velocidades Renault
JT 4, caixa de velocidades manual de seis velocidades da Renault produzida na Renault Cacia.

Recorde-se que há cerca de três anos a Volvo Cars e a Geely Auto fundiram as suas operações de desenvolvimento de motorizações térmicas e híbridas criando uma nova divisão.

Além desta divisão, a Geely tem ainda uma parceria com a Mercedes-Benz para o desenvolvimento de motores de combustão interna, construtor com o qual tem ainda uma joint venture para operar e desenvolver a Smart a nível global.

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