Notícias Gigantes da energia abandonam a Rússia. Galp e Prio travam compras

Setor energético

Gigantes da energia abandonam a Rússia. Galp e Prio travam compras

Tal como a indústria automóvel, as empresas do setor de energia já começaram a reagir à invasão da Ucrânia pela Rússia.

Refinaria Sines

A Rússia tem uma parte considerável da sua economia assente no setor da energia, por isso, é sem surpresa que vemos muitas das empresas deste setor a reagir à invasão da Ucrânia.

Das portuguesas Galp e Prio até às «gigantes» BP, Shell ou TotalEnergies, quase todas as empresas do setor da energia tomaram medidas no seguimento das sanções anunciadas contra a Rússia.

Desde a saída da Rússia, passando pelo fim de parcerias com empresas daquele país até à compra de petróleo e gás natural à Rússia, fiquem a par das reações e decisões que já foram tomadas.

A NÃO PERDER: O “maior investimento industrial da década”. Os detalhes do projeto da Repsol em Sines

Galp

Maior empresa nacional do setor da energia, a Galp anunciou hoje que vai suspender a compra de produtos petrolíferos da Rússia. Apesar da empresa assumir que a medida terá impacto financeiro — a Rússia é o maior fornecedor mundial de gasóleo — a sua presidente não executiva, Paula Amorim, afirma que a empresa “não vai contribuir para financiar a guerra”.

Num comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a Galp afirma: “A Galp repudia a agressão russa contra o povo da Ucrânia. O Conselho de Administração da Galp decidiu, por isso, suspender todas as novas aquisições de produtos de petróleo provenientes quer da Rússia quer de empresas russas”.

galp 2022 futuro

Prio

Ainda antes da Galp, já outra empresa nacional do setor energético, a Prio, tinha decidido parar de comprar produtos petrolíferos a fornecedores russos, «travando» um negócio que em 2021 correspondeu a cerca de 2,5% das suas compras (cerca de 20 milhões de euros).

Na passada sexta-feira, a empresa de Aveiro anunciou num comunicado: “A partir de hoje de manhã e até estabilização da situação no terreno, a Prio deixou de considerar como parte dos seus fornecedores e de adquirir quaisquer produtos a empresas russas ou diretamente relacionadas, como fazia no passado”.

BP

Tal como referimos neste artigo, a petrolífera BP anunciou o fim da sua participação de 19,75% na Rosneft, a gigante petrolífera russa, ao fim de três décadas de colaboração.

posto combustível_bp_restelo_noite

A Rosneft contribui com cerca de metade das reservas de petróleo e gás da BP e à volta de um terço da sua produção, o que faz desta decisão uma que acarreta avultados custos na ordem dos 25 mil milhões de dólares (22,54 mil milhões de euros).

VEJAM TAMBÉM: BP investe em baterias recarregáveis em apenas cinco minutos

Shell

Recentemente regressada ao nosso país, a Shell anunciou na segunda-feira que vai pôr um ponto final em todas as parcerias com empresas russas.

Assim sendo, a empresa anglo-holandesa vai-se desfazer das suas participações nas joint-venture com a Gazprom, entre as quais se incluem uma participação de 27,5% numa fábrica de gás natural liquefeito.

A NÃO PERDER: Shell sugere proibição de venda de carros a gasolina e Diesel já em 2035

Além disto, a Shell também revelou que está a planear terminar o seu envolvimento no já muito falado Nord Stream 2, o gasoduto que estava planeado ligar a Rússia à Alemanha, e cujo projeto já tinha sido suspenso pelo governo alemão.

ExxonMobil

A ExxonMobil, a maior empresa do setor da energia dos EUA, também terminou o seu envolvimento com a Rússia, tendo anunciado na terça-feira que vai abandonar o seu último projeto de petróleo e gás na Rússia e que não investirá em novos empreendimentos no país.

Um dos projetos descontinuados é o Sakhalin-1, “um dos maiores investimentos internacionais diretos na Rússia”. O abandono deste projeto marca o fim de uma presença comercial contínua na Rússia que se estendia há 25 anos.

TotalEnergies

Segundo avança a Reuters a TotalEnergies não planeia, para já, sair da Rússia ou terminar os projetos que já lá tem em curso. Contudo, aquela agência noticiosa avança que a empresa gaulesa não vai investir em novos projetos naquele país.

Atualmente a TotalEnergies detém 19,4% do maior produtor russo de gás natural liquefeito e em 2020 a petrolífera francesa viu 17% do seu petróleo e gás virem daquele país.

Sabe esta resposta?
Em que ano foi lançado o Opel Calibra?
Oops, não acertou!

Pode encontrar a resposta aqui:

Opel Calibra. O coupé esculpido pelo vento
Parabéns, acertou!
Vai para a próxima pergunta

ou lê o artigo sobre este tema:

Opel Calibra. O coupé esculpido pelo vento