RUF vai revelar superdesportivo em Genebra

A RUF traça a fina linha entre preparador e construtor. Em Genebra a balança penderá definitivamente para o lado do construtor. E será um modelo inspirado pelo mítico Yellowbird.

No passado já houve tentativas por parte da RUF em lançar um modelo próprio. Nomeadamente, no início deste século, com o desvendar do protótipo R50. Esse projeto não chegou a bom termo, mas em 2007, como herdeiro da linhagem CTR (Group C, Turbo Ruf), nasceu o CTR3 (ver imagem abaixo).

Tratava-se de um desportivo de motor central traseiro e tração atrás. O resultado final parecia um mix de Porsche 911 e Cayman, mas mais baixo e largo do que estes, com componentes Porsche e outros específicos. Na altura, um verdadeiro rival para Ferrari Enzo e similares.

Apesar de ser conhecido como preparador, a RUF ganhou estatuto de construtor por parte do governo alemão em 1977. Conhecida pelos seus Porsche 911 extensivamente alterados, o estatuto de construtor permite que os seus veículos tenham VIN próprio. Uma situação similar àquela que podemos encontrar na Alpina e nos seus modelos baseados em BMW.

Parece que desta vez, a proposta terá carácter ainda mais sério. A RUF anuncia a apresentação de um modelo totalmente concebido, desenhado e construído nas suas instalações. Segundo a própria, será um novo marco na sua história. Nem sequer foi divulgado nenhum teaser, e as informações disponibilizadas resumem-se apenas a uma monocoque em fibra de carbono que constituirá o núcleo do novo superdesportivo.

Yellowbird, um 911 demoníaco!

Mais interessante é terem revelado que esta nova máquina será concebida no mesmo espírito do primeiro CTR, apresentado há 30 anos, em 1987, o mítico Yellowbird. O RUF mais conhecido de todos era uma máquina que punha em sentido qualquer superdesportivo da época.

O CTR Yellowbird continha uma versão aumentada e bastante “puxada” do seis cilindros Boxer Turbo e 3.2 litros do 911. O resultado eram 469 cv para apenas 1150 kg de peso, duas rodas motrizes e sem ajudas eletrónicas de qualquer tipo. No mesmo ano em que o Ferrari F40 era apresentado – o primeiro automóvel de produção a atingir as 200 mph (322 km/h) , o pequeno e estreito Yellowbird conseguia 340 km/h. Conheçam com mais pormenor o porquê do estatuto do Yellowbird.

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Deixa água na boca o que poderá vir aí, ao invocar este modelo. Não deixem de nos acompanhar durante o Salão de Genebra, para conhecer este e outros novos modelos.

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Fernando Gomes

Entrou no universo dos automóveis através do design, hoje expressa a sua paixão pelo automóvel na escrita.

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