Autopédia Porque é que a vida útil do motor se mede em quilómetros e não horas?

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Porque é que a vida útil do motor se mede em quilómetros e não horas?

Ao contrário de outros veículos, a vida útil do motor dos automóveis é medida através da distância percorrida e não das horas que esteve em funcionamento. Porquê?

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O conceito não é novo e estou certo que muitos de vocês já fizeram esta pergunta — provavelmente enquanto estavam presos numa fila de trânsito em hora de ponta… E se, em vez de se medir em quilómetros percorridos, a vida útil do motor se medisse em horas?

A pergunta não é, de todo, descabida. Mesmo numa faixa de rotações bastante baixa, um motor de combustão sofre sempre algum desgaste quando está a trabalhar em marcha lenta ou mesmo ao ralenti.

Tanto é que no caso dos tratores, veículos que (regra geral) não percorrem grandes distâncias mas que trabalham durante muitas horas, a vida útil do motor é medida através de um horímetro, um medidor de horas de trabalho e não de quilómetros percorridos. No extremo oposto estão os aviões. Por viajarem sempre a uma velocidade constante, a métrica de desgaste dos motores são também as horas de funcionamento.

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Nos automóveis

Algures no meio estão os automóveis. Se por um lado podemos fazer viagens longas a velocidades constantes, pode dar-se o caso do carro estar a trabalhar durante horas e ter percorrido somente uma dúzia de quilómetros, como em situações de para-arranca.

Como tal, não existe uma forma perfeita para medir o uso do motor nos automóveis. Assim sendo, adotou-se a distância percorrida como a métrica do desgaste do motor.

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Não deixa de ser um método com limitações, até porque as variáveis são muitas. Um motor que percorreu 100 000 km maioritariamente em autoestrada ou estrada aberta apresentará níveis de desgaste — e até de “saúde” —, de outro que percorreu a mesma distância maioritariamente em percursos curtos urbanos.

Independentemente do tempo ou dos quilómetros percorridos, uma coisa é certa: a correta manutenção do motor contribui para aumentar a «esperança de vida» do teu carro. E neste sentido, há alguns comportamentos a evitar de modo a prolongar a vida do teu motor.