Testes Opel Karl FlexFuel: o Éder dos automóveis

Opel Karl FlexFuel: o Éder dos automóveis

Vamos ser sinceros. Ninguém sonha comprar um Opel Karl FlexFuel (FlexFuel porque funciona tanto a GPL como a gasolina). Ninguém. Mas também ninguém desejava que Fernando Santos convocasse o Éder e ele convocou-o…

Então porque raio é que alguém compra um Karl e o Fernando Santos convocou o Éder? Porque sentimentos à parte, a verdade é que naquilo que realmente interessa – e quando realmente interessa! – tanto o Opel Karl FlexFuel como o Éder cumprem exemplarmente as suas funções. É suficiente? No caso do Éder não sei porque não entendo nada de futebol, mas no caso do Opel Karl FlexFuel chega e sobra.

O Karl é muito carro por pouco dinheiro e não lhe falta nada a não ser um design mais inspirado (para quem o d€sign é um fator crítico existe o Adam). Ar-condicionado, tem. Rádio com MP3, tem. Cruise-control, tem também. Não falta nada daquilo que é essencial nos dias de hoje (a lista de equipamento do Karl é extensa). É confortável e bem insonorizado. O Karl é uma verdadeira opção para quem precisa de um carro para bater estradas (urbanas e extra-urbanas) diariamente, da forma mais económica possível sem descurar o conforto. Até a direção assistida tem modo city (que aumenta a assistência em manobras a baixa velocidade).

Pau para toda a obra

Como dizia há pouco, quem valorizar a imagem compra um Adam. Quem valoriza a relação qualidade/preço compra um Opel Karl FlexFuel. Um modelo que se destina exactamente aos condutores que procuram um carro barato e económico, capaz de enfrentar sem problemas muitos quilómetros todos os meses.

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Tendo isso em consideração, fiz mais de 600 km ao volante do Karl e confesso que nos primeiros quilómetros assustei-me com os consumos. As médias a GPL teimavam em não baixar dos 8l/100km. Porém a média foi baixando à medida que o Opel Karl FlexFuel ia somando quilómetros na estrada (foi-me entregue com apenas 100km rodados). No final, registei médias ponderadas de 7,4 l/100 km a GPL e 6.1 l/100 km a gasolina – isto a velocidades entre os 90 e os 120 km/h num percurso composto por 60% estrada, 20% autoestrada e 20% em cidade.  A desenvoltura do motor também melhorou substancialmente do primeiro contato até à entrega do Karl nas instalações da Opel Portugal. Valores que dão que pensar se tivermos em consideração que o litro do GPL está abaixo dos 0,57€ enquanto que a gasolina não baixa do 1,4€ por litro.

Relativamente à alternância entre GPL e gasolina, o sistema não podia ser mais simples. Carrega-se num botão que diz LPG et voilá!, estamos a funcionar a “gás”. E como o sistema vem montado de fábrica, funciona integrado com o computador de bordo.

Apesar de ser um modelo do segmento A (citadinos), o Karl oferece um espaço interior praticamente equivalente a alguns modelos do segmento B (utilitários). Além do mais é bem insonorizado e os bancos e suspensões são confortáveis – mesmo após algumas tiradas mais longas o corpo não se ressente.

Cumpre a função?

Sim, e com distinção. Naturalmente, não esperem do simpático motor 1.0 tricilíndrico de 75 cv (menos 2 cv quando alimentado a GPL) uma pujança avassaladora (longe disso). Mas desenrasca-se e até permite rodar sem esforço a velocidades acima do limite legal em autoestrada. Em suma: É um citadino que não se limita à cidade. Todos estes quilómetros depois, continuo sem sonhar adquirir um Opel Karl. Não sonho porque o Karl não é um carro de sonho, é um carro de realidade, e é na vida real que ele se sente como peixe na água. O Éder também não é um jogador de sonho e foi ele que transformou o sonho português em realidade, portanto…

O preço recomendado de venda ao público do Karl a GPL é de 13.290 euros, mas a Opel tem em vigor uma promoção que prevê a oferta do valor correspondente ao equipamento de GPL (1300 euros), trazendo a versão FlexFuel para o mesmo preço do Karl normal: 11.990 euros.

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