Notícias Subaru BRZ V8 pela W.G.P: Halloween à moda Redneck

Subaru BRZ V8 pela W.G.P: Halloween à moda Redneck

Para o Halloween, trazemos-vos aquilo que para muitos será um sacrilégio, mas para outros será o resultado magnífico. É isto que acontece quando a testosterona se cruza com a essência «redneck».

É verdade, só por terras do Tio Sam é que o insólito acontece, principalmente no Halloween. Apresentamos-vos a mais recente criação da W.G.P, que é como quem diz, da Weapons Grade Performance. Não é nenhuma organização terrorista, mas podia ser. Pois a empresa de Doug Ross, promete espalhar terror pelas estradas, através das transformações “Frankensteinianas” que operam em máquinas comuns.

Desta vez, esta empresa sediada no Connecticut, resolveu pegar no Subaru BRZ e substituir o relativamente pequeno bloco boxer de 2.000cc por um musculado motor V8. Sim, por momentos, também nós pensámos que os americanos tinham conseguido finalmente enfiar o “Rosssio na rua da Betesga“.

Tudo começa na visão que Doug Ross teve ao olhar para o Subaru BRZ e pensar, que se calhar o motor LS2 do seu Corvette Z06 C6, poderia realmente caber, em tão pequeno espaço. Demência talvez? Não, porque quando o homem sonha a obra nasce. Não se deixem enganar pelo ar de «sleeper», deste Subaru BRZ, pois este diabinho, transpira potência por todos os poros.

Mas vamos ao que interessa, o motor de 4 cilindros Boxer, dá lugar a um portentoso LS2 V8, vindo diretamente de um Pontiac GTO, um “small block” de 6 litros, parece gigante, mas na verdade, em largura é mais compacto que o Boxer, uma vez que os “small blocks”, têm os espaços entre cilindros mais próximos entre si por bancada, o que lhe confere dimensões reduzidas independentemente da cilindrada.

Quando Doug, optou pelo LS2 de um GTO, não sabia que o motor escolhido, tinha um problema ao nível dos apoios da cambota, claro que teria de ser reparado e essa tarefa ficou a cargo da FPARTS. Empresa que acabou por se enganar e em vez de reparar, reconstruiu o LS2 com internos forjados e restantes peças do mesmo bloco que também equipa o Corvette Z06, ou seja, por vezes há enganos que vêm por bem.

No que toca a este desafio sobrenatural de encaixar o V8 no BRZ, levantou várias questões de ordem técnica, que pairaram sobre a equipa da W.G.P, como se de uma maldição se tratasse.

Começando pela 1ª dor de cabeça, que foi integrar a cablagem elétrica do LS2 com a restante do BRZ. Feito alcançado graças à ajuda da Current Performance, que se lembrou, que dada a multiplexagem dos carros modernos, todos os circuitos elétricos no caso do BRZ, correm pelas ligações do ABS. O pior é que a direção assistida eletricamente e o conta-rotações insistiam em não funcionar como se de uma múmia se tratassem, mas nada que com o feitiço certo não se resolvesse.

WGP-Subaru-BRZ-2

O arrefecimento deste diabo, com o “small block” V8, dado a fraca capacidade de permutação de calor, fruto da sua arquitetura de cilindros próximos, a MOROSO, deu a sua ajuda com o radiador e acessórios para que o Subaru BRZ, não se torne num inferno.

A caixa de velocidades, acoplada ao LS2 é a Borg Warner T56, de 6 velocidades, que para poder ser instalada, levou a que o túnel de transmissão tivesse de ser ligeiramente modificado para acomodar tamanha besta. Aliás para suportar a potência extra, todos os apoios de motor e transmissão foram modificados, para se poderem montar no subchassis existente, numa configuração com braços de apoio em X, para providenciar maior rigidez torsional ao conjunto.

Outro dos problemas de tamanho transplante, deu-se com o alinhamento crítico do motor e transmissão, que para manter o centro de gravidade do BRZ, acabaram por ser montados num plano mais baixo que o anterior Boxer.

WGP-Subaru-BRZ-8

Falando de coisas, que fazem pular as hormonas masculinas, era de esperar que a W.G.P, mexê-se na traseira do BRZ e lhe conferisse um bom “Booty” (alargamento de vias), mas tal não aconteceu. O BRZ continuar a rabiar de traseira por todos os lados, (booty shake), como se de uma modelo, de um videoclip de “rap”, se tratasse. O eixo traseiro do Subaru BRZ permaneceu virgem (de origem), às tentações da W.G.P, apenas o diferencial traseiro conta com uma nova relação final de 3.73:1, tudo para que tenha arranques de total possessão demoníaca.

Dinamicamente este Subaru BRZ, foi trabalhado de modo a que se possa mover com a agilidade de um fantasma, a suspensão com coilovers Variant 3 totalmente reguláveis é cortesia da KW, assim como barras estabilizadoras mais rígidas e casquilhos de suspensão traseiros reforçados de poliuretano. Para que este Subaru BRZ, não corresse o risco de atravessar objetos, o kit de travagem provém diretamente do Corvette ZR1, com o conjunto de discos carbo-cerâmicos e maxilas da StopTech, uma escolha que permitiu reduzir o peso suspenso em 6kg. Os pneus com largura de 215mm, deram lugar a uns com largura de 285mm, montados em jantes de 18 polegadas da Enkei.

WGP-Subaru-BRZ-6

Para os mais céticos, quanto ao equilíbrio deste Subaru BRZ, temos números, o conjunto motor-transmissão apenas adicionou 90kg ao peso final e a distribuição de massas, situa-se agora com uma repartição de 56% na frente e 44% na traseira, apenas mais 3% na frente face ao de série. Em perspetiva são 730,24kg no eixo da frente e 573,76kg no eixo traseiro, perfazendo 1310kg de peso total para o conjunto.

A performance, bem o LS2, impressiona com 400 cavalos às 6000rpm e 542Nm às 4400rpm, mas lembrem-se o LS2 levou um “blueprint” e tem agora 500 cavalos. A velocidade máxima, não é divulgada mas excede o contador, assim como o arranque dos 0 aos 100km/h é garantidamente feito em menos de 4s. Quanto a consumos, a sede por gasolina do LS2 V8 só tem paralelo na sede de sangue pelo Drácula.

WGP-Subaru-BRZ-5

A W.G.P propõe esta transformação em 2 “kits”, ambos sem motor e transmissão, o básico que inclui apenas preparação por 10.190,90€ e o completo por 18.196,90€. Mas se querem já tudo feito com motor e caixa, a W.G.P, cobra-vos 25.000€. Uma autêntica máquina assombrada em potência e binário, pronta para semear o terror na estrada e que, promete atormentar as alminhas que lhe possam fazer frente.